Imunoterapia - Medicina de Precisão
Oncologista em São Paulo
Nos últimos 10 anos, houve uma revolução nos tratamentos oncológicos. Doenças metastáticas que tinham sobrevidas em 5 anos inferiores a 5%, hoje podem ser até curadas. Os tratamentos inovadores foram frutos de décadas de pesquisa científica de muitos profissionais do mundo inteiro, passando por todas as etapas de avaliação de segurança e eficácia, com dados publicados e resultados aferidos por centenas de instituições de forma independente. Apenas dessa maneira, podemos chegar a tratamentos novos que de fato são baseados em mecanismos específicos da biologia do tumor e que mudam a história natural da doença. Me sinto privilegiado de poder utilizar esses tratamentos e viver em uma era em que podemos ajudar de fato as pessoas que passam pelo câncer.
Saiba mais sobre
Imunoterapia
O que é imunoterapia?
A imunoterapia na oncologia se refere às modalidades de tratamento que ativam as células do sistema imune do paciente para atacar o câncer. A mais utilizada bloqueia a via de uma proteína chamada PD-1 com seu ligante, PD-L1. O tumor, como mecanismo para escapar do sistema imune, expressa PD-L1 na sua membrana. O PD-L1 vai se ligar ao PD-1 da célula imunológica, em uma interação que leva à inativação dessa célula. Esse mecanismo existe para evitar doenças autoimunes no corpo, mas o tumor se aproveita dele. Através de um anticorpo que bloqueia o PD-1 ou PD-L1, impedimos que essa interação aconteça e o sistema imune volte a funcionar.
Diversos outros medicamentos e terapias celulares estão em desenvolvimento ou já aprovadas para uso, buscando aprimorar o sistema imune de diversas maneiras diferentes. No Einstein, trabalhamos intensamente com pesquisas que visam melhorar o que já temos.
O que é medicina de precisão?
A medicina de precisão implica em buscar mecanismos específicos de crescimento de cada tumor, de cada paciente. Isso envolve primariamente o sequenciamento molecular do DNA tumoral para busca de alvos específicos, que podem ou não ser passíveis de tratamento com a tecnologia atual ou com medicamentos em fase experimental. Envolve também o cuidado personalizado com o paciente em si, com suas comorbidades, preferências e aspectos metabólicos.
Como a imunoterapia e a medicina de precisão são usadas para tratar o câncer?
Hoje podemos utilizar os tratamentos de forma isolada, pela sua alta eficácia em determinado tumor. Por exemplo, alguns tipos de câncer de pulmão, pele ou cabeça e pescoço que expressam altos níveis de PD-L1 podem receber imunoterapia sozinha, pois sua expectativa de funcionar é grande, trazendo resultados importantes e poupando o paciente de mais efeitos colaterais.
O mesmo pode ser dito de tratamentos alvo-dirigidos. Em pacientes com mutações no ALK ou EGFR, o tratamento isolado com inibidores dessas proteínas pode trazer respostas profundas e duradouras, com baixa toxicidade.
Em alguns casos, temos que combinar esses tratamentos seja com quimioterapia, seja com outros tratamentos alvo-dirigidos, com intuito de maximizar o resultado em tumores com biologia mais complexa ou volume tumoral grande.
Exemplos de tratamentos
Alguns tratamentos já são amplamente utilizados, como nivolumabe ou pembrolizumabe para melanoma. Em outros casos, medicamentos como o inibidor de PD-1 cemiplimabe, indicados para carcinoma espinocelular de pele antes de uma cirurgia mutilante, tem uso ainda restrito pois o paciente se consulta apenas com o cirurgião, que pode desconhecer essa modalidade.
Alguns medicamentos, como atezolizumabe ou durvalumabe, inibidores do PD-L1 indicados para carcinoma de pequenas células de pulmão, trazem ganhos não tão expressivos quanto outras indicações e são frequentemente omitidos em planos de saúde verticalizados, mas ainda assim podem proporcionar 20% a mais de pacientes que ficam vivos após 3 anos
Com o tratamento alvo-dirigido, a principal limitação é a busca inadequada pelo alvo. Hoje, testes moleculares abrangentes ainda podem ser caros, apesar de insumos chineses terem barateado significativamente testes de excelente qualidade que fazemos no Brasil, como o painel Target que realizamos no Einstein. Tenho casos de alterações genéticas que ou nunca haviam sido descritas ou eram muito raras, que foram encontradas por esse teste e que abriu a possibilidade para um medicamento oral alvo-dirigido de alta eficácia e baixa toxicidade.
Sobre o Profissional
Dr. Gustavo Schvartsman
Oncologista Clínico | CRM-SP: 156477 RQE: 87552
Olá, sou o Dr. Gustavo Schvartsman, especialista em oncologia clínica do Hospital Israelita Albert Einstein. Minha missão é prevenir o surgimento do câncer, curá-lo sempre que estiver ao meu alcance, e melhorar a vida do paciente e seus familiares.
Ao longo da minha trajetória acadêmica, tive a honra de me formar médico e clínico geral pela UNIFESP e me especializar em oncologia no renomado MD Anderson Cancer Center, em Houston, Texas. Sou encantado pela medicina, e a oncologia, em particular, me atrai pela complexidade biológica da doença e pela riqueza de aprendizados que proporciona ao conviver com pacientes enfrentando um dos momentos mais difíceis de suas vidas, cada um com sua própria história.
Hoje, estou aqui para
oferecer a você um
diagnóstico
preciso e ágil, tratamento personalizado e com alta tecnologia e, acima de tudo, cuidado integral, humano e dedicado. Com apoio de uma equipe multidisciplinar, buscamos que cada paciente receba a atenção e o tempo que necessita.
Seja através da cura, do acolhimento ou da prevenção, estou aqui para te ajudar.