Médico especialista em câncer: O papel do oncologista clínico

Gustavo Schvartsman • 11 de junho de 2025

Formado em Medicina e com residência em Oncologia Clínica, o oncologista é o médico responsável por atuar em diferentes fases do cuidado oncológico — desde a investigação de sintomas e fatores de risco em pacientes com histórico familiar, até o diagnóstico preciso e o planejamento do tratamento mais adequado.

Esse especialista analisa o tipo e o estágio do câncer, avalia exames e define, junto à equipe multidisciplinar, as melhores estratégias terapêuticas, como quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo ou acompanhamento clínico. Seu papel é central não apenas no tratamento ativo, mas também na prevenção e no acompanhamento de longo prazo.

Neste artigo, entenda as principais atribuições do oncologista clínico, suas áreas de atuação e por que sua presença é essencial em todo o processo de enfrentamento do câncer.



O que faz um médico especialista em câncer?


O oncologista clínico é o médico responsável por conduzir, de forma cuidadosa e individualizada, o tratamento oncológico. Após a confirmação do diagnóstico, ele atua na definição da melhor abordagem terapêutica, acompanhando o paciente em todas as fases do cuidado — desde o início do tratamento até o seguimento após a remissão da doença.



Entre suas principais funções estão:

  • Avaliação diagnóstica detalhada, interpretando exames e biópsias para compreender a extensão da doença.
  • Indicação e condução do tratamento, considerando as características do tumor, o estado geral do paciente e as terapias disponíveis.
  • Atuação integrada com outras especialidades, promovendo um plano de cuidado conjunto com cirurgiões, radioterapeutas, patologistas e outros profissionais.
  • Acompanhamento a longo prazo, monitorando a resposta ao tratamento, controlando efeitos colaterais e prevenindo recidivas.


Esse conjunto de ações proporciona ao paciente uma linha de cuidado contínua, alinhada às melhores evidências científicas e focada na qualidade de vida.


Assista ao vídeo:

Áreas de atuação do oncologista clínico


Tratamentos sistêmicos

O oncologista clínico coordena terapias que agem em todo o corpo, essenciais para tratar diferentes tipos de câncer. As principais incluem:


Quimioterapia
: Uso de medicamentos para destruir células cancerígenas.

Imunoterapia: Estimula o sistema imunológico a identificar e combater tumores.

Terapia-alvo: Foca em alterações específicas nas células tumorais para bloquear seu crescimento.

Hormonioterapia: Indicada para cânceres hormônio-dependentes, como os de mama e próstata, reduzindo ou bloqueando a ação de hormônios.


Cuidados paliativos


Em casos avançados, o oncologista clínico também atua no
controle de sintomas como dor, fadiga e falta de apetite, garantindo mais conforto e qualidade de vida para o paciente.


A Importância do tratamento personalizado


Cada paciente apresenta
características únicas, e o oncologista clínico utiliza uma abordagem personalizada para garantir cuidados mais eficazes e alinhados às necessidades individuais.


Medicina de precisão


A integração de testes genéticos no planejamento terapêutico permite
identificar alterações específicas no tumor, possibilitando a escolha de tratamentos direcionados e otimizados para cada caso.


Fatores considerados


O oncologista avalia uma série de fatores para elaborar o melhor plano de tratamento, incluindo:

  • Idade e saúde geral: Determinam a tolerância a diferentes terapias.
  • Tipo e estágio do câncer: Orientam a escolha entre tratamentos locais ou sistêmicos.
  • Estilo de vida e preferências pessoais: Garantem que o cuidado esteja alinhado com a realidade e os valores do paciente.


Essa abordagem personalizada melhora os resultados do tratamento e minimiza os impactos adversos, promovendo maior qualidade de vida.


Avanços tecnológicos na oncologia clínica


Os avanços na oncologia têm transformado o cuidado ao paciente,
ampliando as opções de tratamento e melhorando os resultados. Entre as inovações mais significativas estão:

  • Biomarcadores tumorais: Permitem identificar características específicas do tumor, auxiliando na escolha de terapias mais eficazes e direcionadas.
  • Imunoterapias modernas: Estimulam o sistema imunológico do paciente, oferecendo respostas duradouras, especialmente em casos anteriormente considerados desafiadores.
  • Terapias combinadas: Integram diferentes abordagens terapêuticas, como quimioterapia e imunoterapia, para potencializar os resultados.


Qual é a diferença entre o oncologista clínico e outros especialistas que tratam câncer?


Embora atuem de forma integrada, cada especialista possui um papel específico no tratamento do câncer:


O cirurgião é focado na
remoção cirúrgica de tumores e tecidos comprometidos. O radioterapeuta é especializado no uso de radiação para tratar ou controlar o crescimento do câncer. Já o oncologista clínico é responsável por terapias sistêmicas, como quimioterapia, imunoterapia e hormonioterapia, além de coordenar os cuidados gerais do paciente.


A colaboração entre essas áreas é essencial para criar um plano de tratamento
abrangente e personalizado, garantindo o melhor cuidado possível para cada paciente.


Quando procurar um médico especialista em câncer?


Consultar um oncologista clínico no
momento certo pode ser determinante para o sucesso do tratamento.


1. Diagnóstico confirmado de câncer

Assim que o diagnóstico é feito, o acompanhamento por um oncologista clínico é indispensável para definir o planejamento terapêutico, considerando o tipo e o estágio do tumor. A orientação especializada assegura que o tratamento seja iniciado rapidamente e de forma direcionada.


2. Alterações suspeitas em exames ou sintomas

Qualquer sinal ou exame que aponte alterações incomuns deve ser investigado. Isso inclui:

  • Nódulos, principalmente na mama, pescoço ou abdômen.
  • Alterações nos exames de imagem, como massas ou lesões detectadas em ultrassons ou tomografias.
  • Sintomas persistentes, como perda de peso inexplicável, sangramentos anormais ou fadiga intensa podem ser indicativos de algo mais grave.


3. Histórico familiar de câncer

Indivíduos com parentes próximos diagnosticados com câncer, especialmente em idade jovem, devem considerar um acompanhamento preventivo. Em casos de câncer hereditário, como câncer de mama relacionado ao gene BRCA ou câncer de cólon associado à síndrome de Lynch, o oncologista pode recomendar testes genéticos e estratégias de vigilância.


4. Após indicação de outros profissionais de saúde

Médicos de outras especialidades, como clínicos gerais, gastroenterologistas ou ginecologistas, podem recomendar a consulta com um oncologista após identificarem sinais que requerem investigação oncológica.


5. Cuidado com sintomas persistentes ou progressivos

Mesmo na ausência de um diagnóstico confirmado, sintomas progressivos ou persistentes não devem ser ignorados. Sinais como dor contínua, febre inexplicável ou alterações no apetite devem ser avaliados por um especialista.


Importância do acompanhamento precoce

Quanto mais cedo o acompanhamento especializado é iniciado, maiores são as chances de um diagnóstico preciso e de um tratamento eficaz. A consulta com um oncologista clínico possibilita a definição de estratégias personalizadas, sempre considerando as características únicas do paciente e da doença.


A decisão de buscar ajuda deve ser guiada não apenas pela presença de sintomas, mas também por uma
postura preventiva, principalmente para quem está em grupos de risco.


Perguntas frequentes


  • O que um oncologista faz na primeira consulta?

    Ele revisa exames prévios, avalia histórico clínico e familiar, discute sintomas e orienta sobre possíveis diagnósticos ou tratamentos a serem iniciados.

  • Quais exames o oncologista costuma pedir?

    O oncologista pode solicitar exames de imagem, como tomografia, ressonância magnética ou PET-CT, além de biópsias e exames de sangue, como marcadores tumorais, para avaliação detalhada.

  • O que faz um médico especialista em câncer?

    O oncologista clínico diagnostica e trata diferentes tipos de câncer. Ele é responsável por definir tratamentos como quimioterapia, imunoterapia e terapias-alvo, além de acompanhar o paciente ao longo de todo o processo.

  • Quando se deve procurar um oncologista?

    Em casos de diagnóstico de câncer, alterações suspeitas em exames de rotina ou histórico familiar significativo para câncer hereditário.

  • Quando o paciente é encaminhado para o oncologista?

    Após a identificação de um possível tumor por outro médico ou quando exames indicam a necessidade de avaliação e tratamento especializado.

  • Todo câncer exige acompanhamento de um médico especialista?

    Sim, mesmo nos casos iniciais, o acompanhamento é essencial para definir o tratamento adequado e monitorar o progresso, garantindo as melhores chances de controle ou cura.

  • Um médico especialista em câncer trata apenas pacientes diagnosticados com a doença?

    Não. Ele também acompanha pacientes em risco elevado, orienta sobre prevenção e rastreamento e avalia condições pré-cancerígenas.

  • É possível consultar um oncologista mesmo sem encaminhamento médico?

    Sim. Embora o encaminhamento seja comum, qualquer pessoa pode buscar um oncologista para avaliações preventivas ou dúvidas sobre sintomas.

  • O acompanhamento com o oncologista continua mesmo após o câncer ser controlado?

    Sim. O oncologista monitora possíveis recidivas, controla efeitos tardios do tratamento e garante a saúde a longo prazo.

Conclusão


O papel do médico especialista em câncer vai além do tratamento da doença. Ele oferece
suporte integral ao paciente, integrando avanços tecnológicos e uma abordagem personalizada para garantir os melhores resultados. Combinando ciência, cuidado humano e inovação, o oncologista clínico é fundamental na jornada contra o câncer.


Oncologista Clínico em São Paulo | Dr. Gustavo Schvartsman



Se você está em busca de um oncologista, sou o Dr. Gustavo Schvartsman, especialista em oncologia clínica. Formado pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo, me especializei no MD Anderson Cancer Center, adquirindo experiência internacional e aprofundando meu foco em imunoterapia. Hoje atuo no Hospital Israelita Albert Einstein, onde ofereço tratamentos personalizados e terapias de última geração. Meu compromisso é objetivar que cada paciente receba o melhor cuidado possível e as opções de tratamento mais adequadas para seu caso. 


Para mais informações, acesse o meu site ou clique aqui para agendar uma consulta.

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